segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cataventos


Quer método hipnótico melhor pra mim há uns 10 anos atrás? Sem falar do fogo [que era minha paixão de infância, fui quase um incendiário, ou criador de shows pirotécnicos], falo dos cataventos, grandes, pequenos, opacos, brilhantes, multicoloridos, conquistavam minha atenção, me impressionavam com o balé das asas, abas, ou pás, que seja, de sua estrutura.
O movimento do vento empurrando e o fazendo girar, girar, girar, e quanto a mim? Me perdia, viajava, era envolvido pelo movimento circular, simples mas tão vivo que me deixava absorto, aéreo, não... me deixa, ainda me envolvo com os cataventos como há 10 anos atrás, será que não cresci? Ou será que parte de minha infância ainda se encontra viva em mim? Não sei...
O que sei é que o vento fazia o catavento girar, e nessa mesma sintonia minha cabeça girava no mesmo ritmo, às vezes sem razão, às vezes refletindo, num ciclo, sem achar começo ou fim, no fim só me restava, ou resta, confusão sem saber se o giro em círculos acaba um dia.