terça-feira, 19 de julho de 2011

Permita-me terminar

Permita-me dizer que não importa quem é você, nem o que você quer ser, muitos menos de onde você veio, e pra onde você vai, não quero saber de você nada menos nem nada mais, nem tão pouco, nem tanto faz, se você ri, se você chora, se você ama ou se namora, se sentes ou se mentes, se é, se era, se será... se for pra ser...
Permita-me contar-te que teus olhos, tua boca, tua orelha, teu sorriso incontido, nada disso importa, nada disso tem sentido... não vou, nem posso, nem quero te dar ouvido, escute calada o que quero contar, entenda por fim, que no fim, o início, e o meio, só são caminhos traçados, porque partir pro final não tem graça, deixa tudo sem graça, e perderia a graça de dizer que só escrevi pra você porque eu só quero te dizer - aqui bem no final - que eu só penso em você.

sábado, 16 de julho de 2011

Esse tonto...

No peito bate forte uma bateria, uma percussão, um desejo, uma angústia, uma vontade, num peito tão individualista, tão egoísta... mas dividido em muitas paixões. Amanhece nublado, perdido, depois pondera, melhora, regenera, se torna Sol, brilho, luz, é um tonto.
Neste mesmo peito pendura-se um alvo, um soldado em guerra, escondido na trincheira, perdido, sem eira... nem beira... projeteis de todos os lados... até que explode uma bomba, o barulho de sinos, não... de sirenes...
É um peito doente, enfermo e intranquilo, procura em alguém um abrigo, um leito de hospital, uma cura real. Disritmado, desregulado, des... é um tonto.
Um tonto, mas te perdôo meu tonto, melhor ser tonto, que racional, uma orquestra, melhor ser tonto, punk rock, barulheira, a sua bagunça é muito mais legal.