terça-feira, 31 de maio de 2011

Literatura

Hoje é um daqueles dias que eu acordo como um livro didático de literatura, perpasso o classicismo, me envolvo no barroco, me jogo no  "Mal do Século ", um Byronismo absurdo. Choro... choro como se fosse puro romantismo, me descrevo com total simbolismo, me floreio de parnasianismos, volto pra Arcádia.
Hoje é um daqueles dias que me vejo nas linhas de Shakespeare... ouvindo a voz de Romeu se declarar pra Julieta, e ao longe alguém dizer que há 'algo podre no reino da Dinamarca', sou um trovador sem alaúde, sem melodia, sem ritmo, sem refrão.
Amanhã quem sabe eu seja mais moderno, mais vanguardista... duvido.
Sou futurista do século XV, sonhando com engrenagens, vapores, e motores, sou assim, busco ainda na poesia a minha musa inspiradora, minha peça que falta no cubismo que eu sou.