terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Devaneios...

Quanto vale a vida de uma pessoa? Até que ponto uma pessoa pode chegar a fazer pra compensar um erro cometido? De que forma a consciência pode afetar alguém a ponto dela querer de todas as formas possíveis reparar um dano, uma perda?
Às vezes quando cometemos um deslize, ou mais que isso, um erro incomensurável, tentamos de todas as formas [pelo menos aquelas pessoas com um mínimo de decência] reparar, consertar de alguma forma o cometido.
Diante de situações desalentadoras, tristes, melancólicas as pessoas agem de maneiras que nem elas mesmas entendem, ou reconhecem de si, ninguém está pronto pra se ver dentro de uma perspectiva de alguém em sofrimento, e muito menos se ver na perspectiva de quem é o alento dessa pessoa que sofre.
Duas ideias não tão parecidas, mas que se complementam no que escrevo, o que se pode fazer pra compensar um erro? Seja qual for a proporção deste. O que fazer quando tudo em volta parece desmoronar, o chão se abrindo debaixo dos pés?
Creio que ninguém tem a resposta pra nenhuma das perguntas feitas aqui, nem eu espero que alguém seja capaz de responder, numa situação dessas, a experiência só denota sofrimento. É doloroso ver o semblante das pessoas quando elas passam por situações nada agradáveis, as palavras mais próximas que podem descrever o que é esse sentimento, é algo como dizer que há um buraco, um vazio dentro, é surreal pensar que existem sofrimentos menores ou maiores, todos sofrem, de uma forma ou de outra, a intensidade depende de como o todo se afeta.
A realidade nos faz enxergar que sonhar vale mais a pena.



Tentei por as ideias em ordem, não se ordenaram da melhor forma possível, mas a essência tá aí.
Livre para identificações e interpretações...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Um ano

Um ano entre a dúvida e a incerteza
Ou seja, nada absoluto, nenhuma clareza.

Discussões, sobre mim, sobre você, sobre nós, uma diversão, uma distração, mais do que uma reflexão, dando valor a DÚVIDA, e a sua PUREZA, a PREÇO de que? De banana? Não, de graça, às vezes sem graça, mas um texto ou outro pra dizer algo que eu queria expressar e não podia, ou pra analisar uma situação que tenha surgido de alguém à volta, ou todos em volta.
Desabafo ou reflexão, escrita, escrita pra que não se perca, pra que EU não me esqueça, porque eu penso, existo, me descontraio, evito ser ignorante, e aprendo com a minha, mudo, busco ser memória, vejo os dias passando, aprendo, desabafo, considero tudo uma mentira, ou tudo uma verdade, ou tudo quem sabe? Me enlouqueço... me perco nas palavras, escolho o que acho mais apropriado, discuto com meus amigos, não raras vezes perco a inspiração, sinto saudade das letras, das pessoas e aqui venho buscá-las, peço desculpas a elas... tenho ideias, fico sem ideias, sem o que dizer ... sinto medo, me sinto só, ou perto de todos, quero o melhor, não me iludo, vivo sem pensar no "não estar vivo", procuro do mar o meu farol, me descrevo, tento a sorte [2].
E lá se vai um ano...

domingo, 15 de novembro de 2009

MEGA-SENA [2]

Arriscar ou não se arriscar?

Eis a questão... [Shakespeare que me desculpe, fazer uma pequena alusão de Hamlet pra introduzir o assunto.] Conversando com um amigo dias atrás veio esse pensamento, o que fazer? Arriscar ou não? Bom, seguindo a idéia de jogar pra poder algo ganhar, acho que arriscar é sempre a melhor opção.

- A porta do inferno tu abriu, vai ficar agora só limpando os pés?

Um pouco diferente do que arriscar, é arriscar um pouco e depois esperar, ou então parar com medo de o resultado não ser o esperado... Já abriu a porta? Agora entra!



PS: Não busquem sentindo, nem eu busquei, escrevi sem pensar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MEGA-SENA


Cada dia é um jogo, cada semana uma aposta, cada mês um sorteio, cada ano um resultado. A maior parte de nossos dias é um risco, uma loteria, não se pode prever o que virá adiante, o máximo é tentar adiantar as nossas apostas, quais números serão marcados, e daí apostar nesse jogo, mas os números sorteados não somos nós que escolhemos. No entanto, se não jogarmos nada ganhamos, também nada perdemos... de que adianta não progredir de alguma forma? Se seu resultado for favorável, mantenha os pés no chão, qualquer elevação pode levar a uma queda, e a depender da altura a queda é mais danosa. Se caso não for, não há razão para desistir do jogo, complicado é reclamar que nada dá certo, que nunca vence o jogo, sem ao menos tentar, tentar sempre.

domingo, 27 de setembro de 2009

Autobiográfico

Duas décadas chegaram...
Quem sou eu...
Eu sou as palavras que proferi.
Eu sou as noites que não dormi.
Eu sou os dias que não esqueci.
Eu sou os medos, tristezas e melancolias que vivi.
Eu sou os risos, sorrisos, e alegria que senti.
Eu sou as frases que ouvi.
Eu sou as dúvidas, e as respostas que tenho em mim.
Eu sou os traços num retrato, de um impressionismo abstrato.
Eu sou um muito de nada, um pouco de tudo, o equilíbrio numa balança desregulada.
Eu sou a lógica e a falta dela nos dias que não sei quem sou.






Eu sou as orações que estão aqui.

domingo, 13 de setembro de 2009

Farol


Um farol é construído no intuito de servir de orientação, indicação, alertar sobre a proximidade de terra aos navegadores, possui uma fonte de luz com espelhos ou refletores, amplificando o facho de luz.
Passamos boa parte de nossas vidas à deriva no mar, ao sabor da corrente, do vento, algumas vezes tomamos o timão, o leme sob nosso controle, mas nem sempre significa que teremos sucesso na direção que tomamos, e nessa complicada tentativa de nos orientarmos às vezes acabamos nos deparando com impedimentos, obstáculos de qualquer tamanho, forma, passar por eles pode ser difícil, mas é importante que não nos desviemos, ou no pior das hipóteses, não nos desviemos muito de nossas rotas, todo navegador mesmo aquele que ama o mar, quer voltar à terra firme, avistar o seu farol, que te assegura que não vá se encalhar, um porto-seguro, seja lá como é o seu farol, grande ou pequeno, forte ou fraco, defeituoso ou em perfeitas condições, cuide dele.





O meu farol atende pelo nome de "pai e mãe".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cloto, Láquesis e Átropos

Nossas vidas são nossas mesmo? Há quem creia em destino, na Grécia Antiga acreditava-se que o destino pertencia a Cloto, Láquesis e Átropos, as moiras, três irmãs responsáveis por determinar o destino de todos. Cloto tecia o fio da vida, o nascimento era obra dela; Láquesis puxava e enrolava o fio, as atribuições do decorrer da vivência eram sorteadas por ela; e por último Átropos cortava o fio...
Não creio em destino, nem que tudo esteja pré-determinado, uma escolha hoje muda o rumo de amanhã, se você crê é direito seu, mas crer no destino e ser vítima da vida e na vida, dos acontecidos dela, ser paciente, passivo, isso não, "não acomodar com o que incomoda" [Fernado Anitelli].
Não espere que Láquesis decida na sorte o que você ganha, nem por acaso o que se perde, pois nunca se sabe quando Átropos corta o fio...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sem ilusões pra nao criar decepções...

Viver assim pode ser uma defesa muito boa, se você não espera que te liguem, não vai se entristecer se caso não te ligarem... se você não espera que te abracem, não vai se frustrar por não ter recebido o abraço... se você não espera que gostem de você, não vai sofrer se caso ninguém gostar...
Sem ilusões pra não criar decepções... se você não tem expectativa de nada, então não terá motivo pra se frustrar depois.
Acho que é comum as pessoas se esquivarem das frustrações assim, pena eu acho, quando acaba a esperança ou a confiança nos outros, e em si mesmo, se deu errado, deixar de tentar com medo de que erre mais uma vez é o caminho mais seguro, e nem sempre significa que é o correto. Lembro de uma frustração imensa em minha vida, esperar algo, e não conseguir, sentimento de debilidade, de impotência, de inutilidade... depois disso, essa filosofia de vida passou a ser bem útil, pena que [ou seria que bom que?] em algumas vezes eu me esqueço e crio ilusões, algumas são rechaçadas quando menos esperamos, outras ficam lá num casulo, quem sabe se transformem em borboletas... só resta esperar...


Que venham as borboletas...

terça-feira, 21 de julho de 2009

O melhor pra nós

Já se perguntou o que é o melhor pra você? Eu já, muitas vezes, e às vezes sei exatamente qual o melhor pra mim, mas por teimosia, ou por medo, ou quem sabe, por segurança, me mantenho no estado que me encontro ou opto pela opção mais cômoda. Isso é ruim, é desperdício, e é acima disso tudo, um erro... mas costumo errar bastante, e sou quem sou, por causa dos erros que cometi, muito mais pelos erros do que pelos acertos, acertos trazem mais soberba, já os erros trazem humildade e reflexão.
O melhor pra nós quem decide somos nós, mas não Nós, eu e vocês, e sim nós, apenas pluralizando a primeira pessoa, o melhor pra mim só quem pode decidir sou eu. Acho muito nobre quando alguém diz, "estou fazendo isso por você, pra não te machucar, ou pra você se sentir melhor" [diferente do "estou fazendo isso por nós", quando realmente sincero], porém, se isso vai contra o que eu quero, o que eu considero melhor pra mim, então é inútil, só estará trazendo dor, angústia, tristeza, o meu melhor, eu escolho, se porventura não for esse o melhor, o depois é preocupação futura, viver o momento é mais importante, como se tudo fosse durar uma eternidade, mesmo que por alguma razão não dure.

"[...]Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
[Vinícius de Moraes]

sábado, 27 de junho de 2009

"Todo mundo é uma ilha"

Cada um de nós é uma ilha, perdida num oceano, seja de ideias, de dores, de sentimentos, de pensamentos, imersas em nossas confusões, contradições. Tem pessoas que gostam dessa condição, de isolamento, de viver por si e pra si, já outras procuram criar pontes com as outras, criar arquipelágos, mas algumas pontes acabam caindo...
Vivemos assim, criando pontes, ou fortalezas, mas é inevitável que às vezes tanto as pontes quanto as fortalezas caiam, mas depende de cada pessoa se ela ergue fortalezas ou pontes, se ela deixa que as fortalezas caiam e pontes sejam construidas, ou se ela derruba toda tentativa de construção de pontes.
Não sou nenhum engenheiro, tenho poucas fortalezas, e acho que tê-las faz bem, mas viver se defendendo atrás delas não seja bom, e tenho aprendido a construir pontes, algumas caem, fazer o que... mas ou você abandona a ponte que caiu, ou reconstrói outra em outros moldes, quem sabe assim ela se mantenha firme, não custa tentar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Medo

Do que você tem medo? Medo de avião? Medo de lugares fechados? Medo de aranha? Sapo? Cobra? Medo de ser assaltado? Medo de ficar só? Medo do escuro? Medo do inferno? Medo de descobrirem seus segredos? Medo de alguém? Medo de perder alguém? Medo de morrer? Medo de descobrirem a verdade? Medo de ser enganado? Medo de mentir? Medo de amar? Medo de se aproximar? Medo de decepcionar alguém? Medo de machucar alguém? Medo de que um dia você olhe pra trás e perceba que não realizou nada? Medo de...
Do que você tem medo? Ou você não tem medo? O medo está presente em nossas vidas, seja um medo de causa externa, físico [cobra, avião, assalto, etc] ou seja de causa interna, mental [morte, mentir, perder alguém, etc], alguns se deixam dominar pelos seus medos, outros ignoram completamente seus medos, não creio que alguém tenha respondido a segunda pergunta afirmando não ter... quem sabe...
É normal ter medo, dentre as frases que citei, eu responderia afirmativamente a seis delas, sou medroso por isso? Acho que não, são medos que nos afligem durante nossa vida, mas que nos amadurecem, nos acordam em momentos de inércia, é difícil, porém temos que aprender a conviver com nossos medos [preciso aprender...], eles não podem nos atrasar, ou paralisar. O medo está presente, seja nas relações com as pessoas, seja na relação com o ambiente, algo nos causa medo, agora depende de nós se esse[s] medo[s] vai[ão] se tornar um freio ou uma alavanca, transformar a força contrária em impulso pra seguir adiante [um dia eu aprendo a fazer todos se tornarem alavancas]. Pra finalizar, nada melhor do que uma frase de alguém que foi tão inspirador [fã]: "O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação." [Ayrton Senna].

terça-feira, 2 de junho de 2009

...

Assim meio estranho fazer um texto falando sobre um sinal de pontuação, mas a força desse sinal é tão incrível que merece.
Deixar subentendido, guardar nas entrelinhas, deixar suspenso, imerso, submerso... prolongar pensamento, ou quem sabe esconder...
São tantas as utilidades pra um sinal tão simples, mas tão enigmático, o ar de incerto, de quem sabe até zombaria...
Eu definiria assim: as reticências são uma porta fechada, destrancada, mas que ninguém pode passar por ela, sem chave no trinco, onde os olhos dos curiosos viajam tentando ver o outro lado. É um poder da escrita, oralmente as reticências não são tão bonitas e interessantes, mas quando aqueles espaços entre um pensamento e outro, entre uma frase e outra traduzidos na escrita com esses três pontos ... na cabeça dos curiosos forma-se um turbilhão de ideias. E o que seria melhor do que trazer a curiosidade, a novidade, o criativo, a inspiração... melhor deixar essa resposta pras reticências...
E pra finalizar termino dizendo...

Ideias

São elas que me movem, que nos movem, como ventos que movem moinhos, a escassez de ideias faz a criação parar. "Aquilo que guia e arrasta o mundo não são as máquinas, mas as ideias." [Victor Hugo], esse texto meio metalinguistico que é guiado e arrastado por uma ideia de falar sobre ideias, é um exemplo de que as ideias são os pilares, os alicerces, as bases, enfim, o começo...
Há momentos em que elas nos fogem, desaparecem, buscá-las é inevitável, porém, creio eu que quanto mais se corre atrás delas mais elas parecem achar lugar pra se esconder, elas vem até nós, nós não vamos até elas. Às vezes elas aparecem com boas intenções, mas em outras são muito mal intencionadas, será culpa delas? Brilhante ideia a do "Holocausto", a do "Muro de Berlim", porém elas aparecem e são modeladas da forma que quem as encontrou quer que sejam executadas, tentar ser mais claro: imagine um recém-nascido, ele será moldado de acordo com as influências externas, o meio que vive, e a forma que é educado vai construindo a índole e personalidade, logo as ideias, pobre ideias, não tem culpa dos resultados, elas nascem, porem o "meio e a educação" que recebem muda tudo.

"Força não há capaz de enfrentar
Uma ideia cujo tempo tenha chegado
A força não é capaz de salvar
Uma ideia cujo tempo tenha passado"
Engenheiros do Hawaii (Humberto Gessinger)

domingo, 17 de maio de 2009

Perdão...

Eu peço perdão pelo tempo perdido.
Eu peço perdão pelo meu egoísmo.
Eu peço perdão pelo abraço que neguei.
Eu peço perdão pelo carinho que ignorei.
Eu peço perdão pela lágrima que causei.
Eu peço perdão pela dor que não aliviei.
Eu peço perdão pela ofensa que proferi.
Eu peço perdão por cada palavra mal colocada.
Eu peço perdão por cada uma delas mal interpretadas.
Eu peço perdão por não poder ser melhor do que sou.
Eu peço perdão por mim e por você.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Saudade

Substantivo feminino, abstrato...
abstrato... mas é tão concreto isso,

eu sinto ela aqui, doer...
me lembrando dos segundos distantes.

Ela arde no peito,
aperta as entranhas,
dificulta a respiração,
altera minha pulsação.

Te extraño, J'ai regret,
Ich vermisse dish, I miss you...
não traduzem... desculpem mas
eu estou com saudade de você, de vocês.

O que cura tal enfermidade?
Qual alívio pra essa anormalidade?
Algo pra tratar com naturalidade?
Que fim terei eu com tamanha saudade?

terça-feira, 31 de março de 2009

Falta de Inspiração

Indício de capacidade criativa,
Nascimento de uma ideia,
Simpatia pela arte e/ou ciência,
Ponto de partida,
Impulso de traduzir o pensar em fazer,
Rota para a invenção,
Auge da imaginação,
Çausa de genialidade,
Alvo dos mortais,
Objetivo de todos os "anormais".

[Normal quem é?]

Busquei inspiração o dia todo, ela não me veio, ou veio assim, num sei...

domingo, 15 de março de 2009

Amigos

São muitos, são poucos, são amigos, chamar alguém assim não é algo simples, temos colegas de escola, de faculdade, de trabalho, temos vizinhos, conhecidos, ou até alguns parentes, mas são poucos os que podemos chamar de amigos.
"Amizade é um amor que nunca morre" [Mário Quintana] e que nasce com o tempo e depois de grande petrifica. Não quero definir filosoficamente o que é amizade, só dizer o quanto ela nos é importante, sem amigos a vida fica amarga, azeda, mesmo que todo o resto esteja dando errado, pareça pra gente que fizemos algo de errado e algo nos está punindo, temos os amigos pra nos dizer que isso um dia passa, que erguer a cabeça, se levantar depois da queda é o melhor a fazer.
Amigos choram, riem, resmungam, brigam, acalentam, encorajam, estão lá, sempre do seu lado, pra dizer aquilo que você precisa ouvir [porque o que você quer ouvir nem sempre é o certo], buscando o altruísmo e a lealdade para sempre proteger o outro.
"Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que eu pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas [exceto duas ou três por causa das borboletas]. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se ou mesmo calar-se algumas vezes." [Antoine de Saint-Exupéry] [...] ou chorar em outras.

Aos meus amigos e a ܓ

segunda-feira, 2 de março de 2009

Escolhas

Navegando pela internet num desses sites de notícias me deparei com uma daquelas notícias que diferente das outras não se banalizou, era uma notícia que contava a história duma garotinha chinesa que havia tentado suicídio para doar o fígado para seu pai com câncer, deixei o link numa dessas páginas de relacionamento com uma pergunta embaixo: "você faria isso por alguém?” [difícil responder não é?].
Continuando com os meios de comunicação... estava assistindo uma série que trata dum hospital e de um personagem em especial, um certo médico, assistindo atentamente o desenrolar de uma história em que o marido deveria decidir entre a vida da esposa ou de seu filho ainda no ventre materno, no primeiro momento, ele decide pela mulher, depois por complicações e sem mais opções de escolha apenas por questões legais ele "escolheu" o filho.
Em nossas vidas somos postos à prova inúmeras vezes, algumas vezes são decisões simples, em outras são decisões que mudam todo o curso da vida, muitas vezes somos levados a escolher sob pressão, ou mesmo com toda inexperiência. Espero eu que nenhum de nós esteja pressionado a decidir pela vida de alguém, mas creio que todos estejam experimentando, nessa época, as escolhas que determinam o resto de nossas vidas, escolha que pode futuramente responder a pergunta: "o que você vai ser quando crescer?", às vezes fazemos algo que não escolhemos, ou escolhemos errado, mas é assim que a vida é, cheia de riscos, se cabe a metáfora, a vida é um jogo de azar, mas não precisa ser necessariamente de azar, então desejo boa sorte a todos nesse jogo tão imprevisível.

retirado do Destaque Acadêmico (versão impressa)
http://www.destaqueacademico.blogspot.com/

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Palavras soltas, sem sentido, sem conectivo, sem sintonia, sem ligação, sem necessidade, sem porque, sem dizer, sem querer, sem desfazer, sem refazer, sem pensar, sem relação, sem obrigação, sem explicação, sem descrição, sem animação.
Palavras soltas, jogadas, atiradas, lançadas, arremessadas, defenestradas.
Palavras soltas, violentas, envenenadas, afiadas...
Palavras, poucas, pequenas, possessas, pontuais, pífias, podres, PURAS...
Pobres palavras, penando por pouca percepção, procurando proteção, permitindo polidez.
Perdoe procrastinar, o texto não tem fim, nem sentido, mas as palavras precisavam de um lugar pra que pudessem ficar, é o preço do ócio...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ensaio sobre a loucura

A loucura é algo mais comum do que se costuma achar que ela é, não essa loucura patológica que nos faz mandar as pessoas aos hospícios, a psicologia considera louco todos aqueles que possuem pensamentos "anormais" pela sociedade, às vezes resultado de doença mental. Porém nem todos são doentes mentais, e ainda assim considerados loucos, quem é que nunca pensou que os dragões eram moinhos de vento [Dom Quixote de la Mancha - Cervantes], ou que o Brasil era o melhor país do mundo [O triste fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto], cada um de nós produz pensamentos tidos como loucos pelos outros, e muitos são considerados loucos em suas épocas para se tornarem gênios em outras, falei de Galileu Galilei anteriormente, esse fora considerado louco além de herege, e isso acontece com mais frequência que se imagina, alguns podem achar meus textos um pouco loucos, fora do padrão, mas isso que torna a loucura algo tão importante, sem os ditos "loucos" todos seriam idênticos, pensariam as mesmas trivialidades, e a sociedade não evoluiria.
Na realidade a maioria de nós é louco, e aqueles que não são ou pelo menos acham que não são, são os verdadeiros loucos, porque verdadeiros? Lembra do conceito de loucura supracitado da psicologia? Pensamento anormal, se todos se acham loucos, os que não se acham são os "anormais", logo são loucos. Ou seja, no fim das contas, somos todos loucos sem exceções, loucura não acha?

;)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As faces de uma verdade...



Não existem muitas verdades absolutas, aquelas que não são absolutas podem ser consideradas como verdades? Considerar algo como verdadeiro ou falso é muito subjetivo, a questão é de opinião, do contexto, e da análise. Se considerarmos uma frase defendida há muito tempo pela igreja católica de que o Sol e os planetas da Via Láctea estão em órbita em volta da Terra, naquele tempo, o período antes de Galileu Galilei isso era tido como verdade, hoje por meio do método científico, que o próprio Galileu contribuiu, a verdade contemporânea sobre isso é a de que os planetas, inclusive a Terra, giram em torno do Sol. Então... como decidir qual a verdade, e o que é verdade?
Uma verdade hoje pode ser mentira amanhã, a verdade deveria ser isenta de dúvida, mas não o é, ainda mais quando se leva em consideração a humanidade, o ser humano mente, tem tal capacidade porque pensa, porém se considerarmos toda verdade como questão de ponto de vista então certas mentiras podem ser verdades, e a frase "uma mentira repetida muitas vezes torna-se uma verdade" também torna-se verdade, ou será então mentira?
O assunto é confuso e complexo, e por isso existe a dúvida, por ela se busca a verdade, ou a mentira, ou que cada um de nós define como sendo um deles respectivamente, acredito em algumas verdades, assim como todo mundo, e assim como alguns de nós preciso me desacreditar de algumas delas, me enganar, para não achar que posso ser enganado por qualquer um.
Mas ainda que me faça desacreditar, assim como Galileu posso dizer depois do meu julgamento que: Eppur si muove! [Contudo, se move!].

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tristeza

É um estado de espírito, ouvi de uma amiga [Priscila] que não se é triste e sim que se está triste, lembrei-me de um verbo do inglês, o conhecido "to be", traduzindo significa ser ou estar, se eu disser: I am sad, quero dizer que sou ou que estou triste, mas é costumeiro aceitar o caso somente como estar triste.
Realmente é difícil pensar que alguém seja triste, a tristeza é passageira, essa mesma amiga me disse que todo problema tem solução, mas e se a solução ficar escapando da gente sempre? E se a solução prejudicar alguém de alguma forma, trazer a tristeza a outrem?
Disse antes: "Desilusões, decepções, tristezas são melhores professores que a vitória", essa minha amiga [Piu ^^] me disse que ela sempre olha o lado bom das coisas ruins, vou tentar fazer o mesmo, e tentar aprender também, porque os melhores professores devem ensinar muito bem.



PS: o texto acho que não segue a linha do blog, mas é meio que um desabafo, claro que tá longe de ser um, mas pra mim serve.
Ps1: Piu se quiser retiro seu nome, nem pedi pra usar :/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Aprendendo a viver

Não, não, não vou ensinar ninguém aqui como viver, quem sou eu para tal, é apenas uma nova análise.
Todos os dias, a partir do nascimento nós aprendemos algo novo, no início, tudo é novidade, desde um molho de chaves até o brilho de uma lâmpada, depois... vamos aprendendo a sorrir, a engatinhar, ficar de pé, andar, percebemos que há tanto para se descobrir, e há muito para se viver.
O aprendizado e a vida estão completamente ligados. Aprender não é somente o ato de ir à escola, estudar, ler, calcular, interpretar, é entender a vida, compreender os outros, descobrir-nos, ou pelo menos chegar ao mais próximo disso. “Conhece-te a ti mesmo” disse Sócrates, tornar ciente da ignorância e da necessidade de adquirir conhecimento é sim importante, mas conhecer a si, se faz necessário na vida de todos, não somente entender as equações matemáticas, muito menos as antíteses de Camões, ou quem sabe as reações de Friedel-Crafts*, precisamos acima de tudo aprender a viver.
Desilusões, decepções, tristezas são melhores professores que a vitória, a alegria, quando sofremos uma derrota aprendemos a lidar com sentimentos que desconhecemos, e assim tornamo-nos pessoas melhores, alguém sempre acostumado a ter tudo, nunca ser derrotado, ao perder algo vê o mundo desmoronar.
O princípio de todo o aprendizado da vida é entender sua efemeridade, não há segunda chance, ou possibilidade para voltar no tempo, cada momento que passa é uma aula para o resto da vida. Se cairmos, erguemos a cabeça e seguimos adiante, as escolhas são feitas sem direito de volta.
E de forma alguma eu me considero sabedor de métodos para se viver, apenas quero partilhar a ideia, para encerrar cito Millôr Fernandes: “Viver é desenhar sem borracha.”

*Reações de Química Orgânica, todas me aterrorizam bastante, por isso escolhi uma delas para ser citada.
Texto ressucitado e modificado, tava aqui cheio de poeira e teias de aranha, achei que merecia ser apresentado.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nasce o Sol e não dura mais que um dia - Gregório de Matos


Em tempos de renovação de esperança, tempos depois do Natal e Ano Novo, as pessoas costumam analisar suas vidas, planejar novas atividades, pensar em novas ideias, costumam dizer que essa época significa o fim dos ciclos, tempo do novo, bem... para mim não há nada de novo, nunca vi descontinuidade do dia 31 de dezembro para o 01 de janeiro de todos os anos, o tempo não para, não há intervalo, mas como nem todos pensam igual a mim, e já que para muita gente esse período serve de recomeço, vou recomeçar.
A frase título indica o que quero tratar, ela é uma alusão à passagem do tempo, a rapidez com que os dias se seguem [sem questionar a relatividade]. O tempo passa rápido, envelhecemos, morremos e ainda sim a vida prossegue, nossas tristezas, nossos sofrimentos, nossas angústias não farão o tempo passar mais devagar ou mais depressa para o resto do mundo, mesmo que para nós os dias possam parecer ora mais longos ora mais curtos, eles continuam passando na mesma velocidade.
Preocupamo-nos com muitas coisas todos os dias, é meio que inevitável, pois trata-se de sentimentos, porém é imprescindível sempre lembrar dessa frase de Gregório de Matos, por quê? Bom, basicamente porque temos sempre que lembrar que nossa vida é breve, nosso dia só dura um dia, nosso ano só dura um ano. Aproveitemos nossos dias [originária daquela velha frase em latim, já banalizada mas nunca banal], não se pode deixar tudo de lado, mas não podemos nos deixar de lado por causa de tudo.




PS: estou me adaptando a reforma ortográfica, não reparem em eventuais erros ;)