sábado, 27 de agosto de 2011

Esperanças - "Onde você guarda suas esperanças?" (Joyce Figueiró)

Eu guardo minhas esperanças dentro das canetas, entre meus dedos e sua tinta, pois nelas eu depositei o que eu desejo e espero que deem certo, e quando esqueço pego uma delas, das incontáveis canetas que passam por mim e seguro firme, e escrevo, pronto ta aí minhas esperanças surgindo.
Elas surgem  como se nunca tivessem sido guardadas, como se viessem de uma vitrine de loja para dentro do meu peito, dos meus olhos. Elas surgem como um sorriso depois do elogio de alguém que se ama, aquele que vem devagar... devagar... mas quando se abre mais um pouco ele não resiste e percorre de uma orelha a outra nossa face... 
Eu guardo minhas esperanças nos meus, nos seus, nos nossos olhos, pois eu vejo ali dentro e enxergo por eles, temos que ver nossas esperanças... ah... eu também guardo dentro do meu, do seu, dos nossos narizes, pois eu inspiro por eles, e inspirar esperança traz inspiração... ah... eu também guardo dentro da minha, da sua, das nossas bocas, pois eu traduzo palavra em fonema, traduzo escrita em som, esperança em melodia, em ritmo, em fantasia...
Eu guardo minhas esperanças no coração, bem do seu lado, porque eu sei que você vai vigiar e cuidar dela direito, com todo respeito, com todo afeto... na verdade, eu não guardo as esperanças, não posso imitar Pandora, tenho que deixá-las soltas, deixá-las livre, pra assim todos compartilharmos delas.

PS: Se quiser conhecer Joyce Figueiró e também responder a pergunta da Joyce visite: http://reter-essencias.blogspot.com/ e sua página no face: https://www.facebook.com/pages/Reter-ess%C3%AAncias/236068363080347