sábado, 28 de fevereiro de 2009

Palavras soltas, sem sentido, sem conectivo, sem sintonia, sem ligação, sem necessidade, sem porque, sem dizer, sem querer, sem desfazer, sem refazer, sem pensar, sem relação, sem obrigação, sem explicação, sem descrição, sem animação.
Palavras soltas, jogadas, atiradas, lançadas, arremessadas, defenestradas.
Palavras soltas, violentas, envenenadas, afiadas...
Palavras, poucas, pequenas, possessas, pontuais, pífias, podres, PURAS...
Pobres palavras, penando por pouca percepção, procurando proteção, permitindo polidez.
Perdoe procrastinar, o texto não tem fim, nem sentido, mas as palavras precisavam de um lugar pra que pudessem ficar, é o preço do ócio...

7 comentários:

  1. O ocio nao deixou sua cabeca vazia. ^^ Isso eh bom.'Cabeca vazia,oficina do diabo'

    ResponderExcluir
  2. ah, eu gostei dessa poesia (pra mim, isso é uma poesia pós-moderna, ok). ao menos as palavras não fugiram de ti, mesmo no ócio. Elas fogem de mim com tanta freqüência...
    Gostei :)

    ResponderExcluir
  3. Má.. se todo ócio fosse tão bem aproveitado como o seu!


    Muitos conhecem apenas a anatomia das palavras, mas há outros(como vc) que conhecem suas almas. Por isso que aqui soube colocá-las no lugar certo.Isso pra mim tbm é uma poesia

    ResponderExcluir
  4. Belo texto! Gostei muito! Um lirismo onírico sem fim!

    ResponderExcluir
  5. ...e sem finalidade! Somente um 'exercício de ócio'! :)

    ResponderExcluir