"[...]A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá..."*
Em tempos mais difíceis, em tempos em que falar era um privilégio, as pessoas eram mais ativas, mesmo num curso de rio diferente ia-se contra a corrente. Os tempos são outros, somos filhos/netos de tempos complicados, sabemos tanto, fazemos tão pouco, tampouco nos importamos do pouco que se faz, e seguindo assim a roda viva nos esmaga, não porque é inevitável, nem digo que não seja, mas muito porque pouco se tenta.
É duro ver as pessoas abaixando olhos, olhando pro chão, juntando as mãos e dizendo "amém", diante de situações em que a roda viva impera... esperar o primeiro a levantar os olhos e cerrar as mãos é fácil, bravo seria não esperar por ninguém, pois "[...] quem sabe faz a hora, não espera acontecer..."**, não foge e nem sai derrotado sem nem ao menos ter jogado, ter lutado.
"[...]Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião..."*
* Chico Buarque
** Geraldo Vandré
Uni-vos.
ResponderExcluirNo meio que vivemos não adianta tentar fazer a revolução sozinho, este que tentasse teria suas pernas quebradas na frente daqueles que nada fazem.
ResponderExcluir"...bravo seria não esperar por ninguém..."
ResponderExcluira mudança tem que partir de cada um, independente se quem tá do teu lado não se importa.
Gostei muito do texto! =)
Muito bom, Márlon!!
ResponderExcluir"...quem sabe faz a hora, não espera acontecer..."