domingo, 17 de maio de 2009

Perdão...

Eu peço perdão pelo tempo perdido.
Eu peço perdão pelo meu egoísmo.
Eu peço perdão pelo abraço que neguei.
Eu peço perdão pelo carinho que ignorei.
Eu peço perdão pela lágrima que causei.
Eu peço perdão pela dor que não aliviei.
Eu peço perdão pela ofensa que proferi.
Eu peço perdão por cada palavra mal colocada.
Eu peço perdão por cada uma delas mal interpretadas.
Eu peço perdão por não poder ser melhor do que sou.
Eu peço perdão por mim e por você.

22 comentários:

  1. Pra mim uma das maiores provas de humildade, o perdão!

    =]



    AMO VC!

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  2. Eu também peço...

    Muito bom Màh ;)

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  3. tá perdoado, mas que isso não se repita!

    xD

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  4. PARTE 1

    O derrotado que carrega a cruz não está livre para buscar a vitória

    A graciosidade da primeira frase, "Eu peço perdão pelo tempo perdido", que à principio nos faz esperar um texto de ritmo e trocadilhos sonoros, é logo destruída pela outras que se seguem, e que não fariam muita diferença se não fossem escritas- considerando o valor estético e sonoro, não o pessoal.
    Tendo em vista os sentimentos e declarações do autor, podemos ver nitidamente a rocha (que todo homem possui) se despedaçar, mesmo que isso não resulte em nada, porque ela se regenera.
    Tais escritas não possuem força alguma, não passam de palavras em vão, jogadas para aliviar uma mágua e uma série de arrependimentos que permeiam pela cabeça do autor* (*reconhecendo que o arrependimento é um atestado de fracasso e covardia por parte de quem pensou e não fez; de quem não consegue controlar os instintos raivosos e acaba ofendendo o próximo na tentativa de atenuar os próprios ânimos– característica do ser que se afeta facilmente, um fraco.) E para acrescentar ainda mais peso às suas costas, assume a culpa de terceiros, como se já não bastasse as suas.

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  5. PARTE 2


    Caro Marlon, torço para que esse depoimento seja apenas uma mera retrospectiva das suas falhas, e que elas não estejam presas a sua memória, pois o derrotado que carrega a cruz não está livre para buscar a vitória.

    Faço minhas as palavras do amigo Gabriel, o GON: "mas que isso não se repita". E acrescento: que arrependimentos não se repitam. Controle-se, faça, seja perfeito.

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  6. Discordo caro Luan, que mesmo de Sao Paulo ainda lê meu blog :P, se você acha que são palavras vãs jogadas ao nada, ainda assim aliviam alguma dor, seja do eu-lírico, ou seja do leitor, já é assim de força e utilidade, a literatura está permeada de palavras de arrependimento, de dor, de humildade, seja humilde pra pedir perdão, e não arrogante pra fazer o errado e se manter assim.

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  7. (parte 1, linha 13 "jogadas para aliviar uma mágoa"). Mágoa de quem ou de que? Pouco importa...

    Não credito que o ato de pedir desculpas seja pertinente. O arrependimento deve existir, pois o ser que erra e reconhece o erro está rumando para a própria evolução. Porém, após o reconhecimento da falha as medidas a serem tomadas, ao meu ver, devem se diferenciar de um simples pedido de desculpas, pois, como já havia dito, de nada adianta.

    Lembro-me que quando pequeno um dos principais conflitos que tinha com a minha mãe era sobre essa questão. Ela sempre exigiu de mim pedidos de desculpas e me obrigava certas vezes a fazê-los. Mas eu sempre hesitava, se fazia era por pressão.
    Procurava me reconciliar com outras maneiras, com agrados, talvez, ou demonstrações de afeto, sempre motivado pelo meu arrependimento.

    Mas nunca: "Eu peço perdão".

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  8. Mas a questão é toda essa, o arrependimento. O início de tudo seria o pedido de perdão, as desculpas, motivadas pelo arrependimento, no caso sincero. Observe você, "motivado peo meu arrependimento", você não pedia desculpas, mas 'agradava' (meio suborno, compra), ou demonstrava afeto. Você anteriormente deu a entender que não se desculpava, não pedia perdão, ato de tamanha arrogância, não só por essa interpretação que fiz, quanto pelas palavras direcionadas ao "Autor", eu. Os atos mudam depois do pedido de desculpa ou perdão sincero, se sua mãe te obrigava a pedir, claro que seu pedido não o seria, mas quando é feito de livre espontânea vontade, tudo muda, os atos e o cárater também mudam. Humildade para pedir perdão deve sim existir, ninguém será diminuido se o fizer. Não sou um fracassado por pedir perdão pelos meus erros, fracassado é aquele que comete erros e não percebe ou mesmo percebendo não se é humilde para admití-los e se redimir deles.

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  9. Ainda não sou perfeito o suficiente para não me arrepender, e talvez assim morrerei.

    O arrepedimento é um sentimento nobre dos mal formados, pois quem é convicto de si e das coisas não erra. Devemos ter certeza sobre as coisas para fazermos sempre o que julgamos ser certo. Se assim fosse, não haveria o porque de se arrepender.

    Enfim, concordamos que somos seres que nos arrependemos, temos diferenças somente na forma de agir. Você pede e eu "suborno".

    :P

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  10. Perfeito e ser convicto sempre. Você fala de pessoas que são exceção, busco sim a perfeição, mas tenho a consciência que sou uma pessoa de falhas, então, me arrependo por ser 'mal formado', pois convicção de tudo não tenho. Eu peço você suborna.

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  11. pra essa discussão chegar num consenso um dos dois teria q voltar atrás no q foi dito.. se arrepender.. bem improvável.. rss

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  12. De pouco adianta essa discussão, ao passar do tempo não iremos mais nos arrepender do que fizemos, mas do que deixamos de fazer.

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  13. O Perdão é uma virtude dos fortes

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  14. muito bom oreúdo...concordo com vc, Luanzinho eh um louco, haeuhaeuhae, zuando...cada um com sua opnião!
    soh passei aki pra deixar meus elogios, parabens!
    abraços

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  15. eu te perdoo por tudo isso e mais um pouco, só porque você escreve tão bem e tão lindo (LLLLLL)

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  16. falou que ele escreve bem, mas perdeu a credibilidade depois que chamou ele de lindo ;D

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  17. Devo confessar que já fiz um texto [melancólico demais], entitulado "Mea culpa" - se quiserem, coloco-o aqui - parecido com o "Perdão...", de Márlon, em que assumia a culpa de pecados, erros ou falhas de outrem. Talvez eu realmente estivesse meio depressivo nos dias em que escrevi - e estava mesmo -, mas posto o comentário para dizer para os colegas que a literatura (o fazer literário) NÃO é, exclusivamente, a impressão dos sentimentos do autor ou a impressão do pensamento de uma época. A literatura, assim como outras formas de arte, são inúteis, porque não são feitas visando a atingir a um objetivo específico. Ma chado de Assis não escrevia para afogar suas mágoas, para se lamentar por ter nascido mulato, para ter seus livros vendidos e viver o resto de sua vida lucrando com isso. Ele, sobretudo, escrevia. Machado fazia literatura. Contudo, ao mesmo tempo, a literatura parece ter utilidade na medida em que parece ter sido feita visando a atingir um fim (não sou um filósofo; estou somente repetindo o conteúdo de uma matéria - Formação do Campo Literário - do curso de Letras que estou cursando no momento. Essa fala foi moldada no pensamento de Kant e da sua obra - Crítica da Faculdade de Juízo - que é fundadora do conceito de arte livre). Não creio, portanto, que uma poesia ou um livro devam ser lidos como foi lido o poema de Márlon. Quem disse que Márlon está falando de si mesmo? (Não é tarefa do crítico tentar adivinhar o que ele disse ou o que quis dizer; antes, é tarefa de 'literatura de ensino médio'). Quem disse que o perdão é sinal de fraqueza se toda a sociedade moldada na tradição cristã e católica considera o perdão como atitude de elevação e pureza? (Não estou dizendo que sou cristão, mas Luan parece ser a exceção não-cristã). Márlon poderia estar falando de Jesus, por que não? Mas não é minha tarefa especular! Não é miha tarefa teorizar sobre algo que é subjetivo e individual, por que se fosse totalmente objetiva, a literatura, ela se igualaria às ciências exatas e o juízo que incidisse sobre a literatura seria lógico (como dizer que 2 + 2 = 4; mais uma vez repito o pensamento kantiano). A obra literária não deve ser discutida ou teorizada desse modo. A literatura é, antes de tudo, literatura. Como eu já disse, a literatura não é a impressão do autor sobre a realidade que acontece à sua volta. O autor não precisa ver um assassinato (ou assassinar) para escrever sobre um crime. O autor não precisa ter sofrido para escrever sobre sofrimento. A literatura, repito, não tem finalidade. Márlon não precisa explicar porque fez o poema dessa ou daquela forma - apesar disso ser útil, às vezes, principalmente quando o autor está vivo e é um de nossos colegas (risos). Mas a obra literária não deve ser debatida dessa maneira. O poema não é um artigo de opinião. Márlon não está defendendo uma postura religiosa, moral, cristã ou o que quer que seja. Márlon, acima de tudo*, escreve.





    *Acho que repeti essa expressão umas três vezes.

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