terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cloto, Láquesis e Átropos

Nossas vidas são nossas mesmo? Há quem creia em destino, na Grécia Antiga acreditava-se que o destino pertencia a Cloto, Láquesis e Átropos, as moiras, três irmãs responsáveis por determinar o destino de todos. Cloto tecia o fio da vida, o nascimento era obra dela; Láquesis puxava e enrolava o fio, as atribuições do decorrer da vivência eram sorteadas por ela; e por último Átropos cortava o fio...
Não creio em destino, nem que tudo esteja pré-determinado, uma escolha hoje muda o rumo de amanhã, se você crê é direito seu, mas crer no destino e ser vítima da vida e na vida, dos acontecidos dela, ser paciente, passivo, isso não, "não acomodar com o que incomoda" [Fernado Anitelli].
Não espere que Láquesis decida na sorte o que você ganha, nem por acaso o que se perde, pois nunca se sabe quando Átropos corta o fio...

5 comentários:

  1. xDD

    cada um colhe o que planta...
    sem por nem tirar, bom texto, e ainda num deixou o blog as moscas, continue zelando assim ;D

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  2. é mais fácil projetar um erro do que reconhecer este em si mesmo e tentar -por mais severo que isso seja- fazer com que as coisas sejam diferentes.
    Essa é uma das milhares de formas de procurar uma justificativa para o "destino" . eu definitivamente prefiro imaginar, com as ferramentas dispostas mão que eu faço do meu fuuro o que eu almejo, entretanto não podemos também negar o fato que parte disso está condicionado ás forças da vida e do tempo. se desistimos de um determinado plano não acredito que os obstaculos foram os culpados e sim a força propulsora é que foi pequena.

    uma mistura de contra behaviorismo com a mente cansada, não sei se passou nada, mas essa foi minha idéaia

    =]

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  3. só p constar forças da vida e do tempo n é um conceito para destino.... e sei que está dificil explicar isso para quem estiver lendo -.-'

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  4. O meu medo, talvez o de toda a raça humana, é não saber quando Átropos corta o fio. E o meu maior medo é o de ela cortar o fio antes de eu ter lido Tolstoi, Homero, Virgílio, Cervantes (não lembro de mais nomes por agora), de ter ouvido as óperas que até hoje não ouvi, de ter conhecido os compositores de todos os tempos que não conheci, ou as idéias de pensadores de dois mil anos da história do pensamento sobre as quais, infelizmente, sei minimamente. É isso o que me preocupa quando se fala de morte. Preciso viver uns oitenta anos para dar conta de tudo isso, mas não sei o que pode acontecer a cada esquina. Tempus fugit.

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